São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 1995
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Banco do México volta a intervir para frear desvalorização do peso

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

Em mais um dia de forte volatilidade nos mercados financeiros mexicanos, o dólar comercial voltou a alcançar a marca de 8,40 novos pesos à venda, o que significaria uma alta de 5% com relação ao fechamento de anteontem.
Às 12h30 (16h30 em Brasília), o Banco do México resolveu intervir no mercado cambial e o dólar fechou a 8,05 novos pesos à venda. A instituição não divulgou a quantia utilizada na operação.
Devido às pressões cambiais, as taxas de juros do mercado secundário (varejo) aumentaram 12 pontos percentuais, chegando a 71% ao ano, maior cifra desde março.
Crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação anual de 20,5%. Essas são algumas metas econômicas do presidente Ernesto Zedillo, para 96.
Ao apresentar, ontem, no Congresso, o projeto de orçamento para o próximo ano, o ministro da Fazenda, Guillermo Ortiz, afirmou que as exportações vão crescer 19,4%, em relação a 95, e serão o motor do crescimento.
O governo estima que o investimento estrangeiro em 96 deve alcançar US$ 5 bilhões e que as exportações vão superar as importações em mais de US$ 5,5 bilhões.
O candidato derrotado do PRD (Partido da Revolução Democrática) a presidente do México nas eleições de 94, Cuauhtémoc Cárdenas, disse ontem em Porto Alegre (RS) que o desemprego em seu país está atingindo "mais de 50%" da força de trabalho -cerca de 18 milhões de pessoas.
Segundo ele, a situação é consequência do "modelo neoliberal" que vigora no México desde 1982. Disse ainda que na semana passada houve "rumores" de golpe de Estado no país.

Colaborou a AGÊNCIA FOLHA

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