São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 1995
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Brasil lança plano contra amadorismo no basquete

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) lançou ontem o seu projeto "A Volta Olímpica do Basquete", que envolve a reestruturação total da modalidade no país, principalmente da Liga Nacional masculina.
"Acabou o romantismo. É hora de tornar o basquete brasileiro profissional."
Com essas palavras, Renato Brito Cunha, presidente da CBB, abriu ontem a reunião com representantes de federações estaduais e de clubes da modalidade, realizada na sede da Federação Paulista de Basquete, em São Paulo.
A CBB contratou os serviços da SportLink, empresa de marketing esportivo, que elaborou o novo projeto para o basquete nacional.
"Não é para a NBA brasileira acontecer agora e sim para daqui a cinco anos termos uma liga profissional", disse o presidente da SportLink, João Henrique Areias.
A NBA, liga profissional norte-americana, reúne 29 times e é uma das principais organizações esportivas do mundo atualmente.
Brito Cunha disse ainda que a meta da CBB é recolocar o basquete na posição de segundo esporte na preferência nacional, posto perdido para o vôlei na última década. O futebol é o líder dos esportes no Brasil.
Houve reação dos presentes, que queriam, além da Liga Nacional A, com 12 times, mais uma liga B para times que ficarem fora da competição principal.
Os times aceitaram a proposta da Liga com 12 times (seis de São Paulo e seis apurados em uma seletiva) e a Liga B ficou para ser discutida em reuniões específicas.
Brito Cunha disse que espera anunciar um contrato de patrocínio da Liga Nacional "surpreendente", com cifras superiores às vigentes no vôlei e no futebol.
Caso esse contrato seja confirmado, a CBB promete cobrir despesas dos clubes na Liga Nacional, como transporte, hospedagem, taxas de arbitragem e premiação para times e jogadores.
O projeto tem com respaldo a comemoração do centenário do basquete brasileiro.
A CBB pretende vender quatro cotas de patrocínio, entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão cada uma, para viabilizar o projeto.

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