São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 1995 |
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O futuro
THALES DE MENEZES Chega o final do ano e a imprensa tenística começa a ser inundada de retrospectivas de 95 e previsões sobre a próxima temporada.O assunto aqui não é a eleição dos grandes momentos de 1995. É hora de falar de futuro. Mas futuro mesmo, do tênis do próximo século. Conjecturar um pouco sobre a sobrevivência do esporte. Mais importante do que saber se Pete Sampras continuará reinando em 96 é saber qual será a cara do tênis para as próximas gerações. Em primeiro lugar, o encurtamento dos jogos. É certo que as partidas disputadas em melhor de cinco sets estão condenadas. Mas não deve ficar só nisso. A regra que permite o segundo saque deve cair. Já se fala nisso para incentivar a redução da velocidade do saque e tornar o jogo menos monótono. A grande tendência por trás dessa mudança é eliminar as partes do jogo que não valem pontos. Por isso, deve cair fora também a regra que volta o ponto quando o saque resvala na rede. Para partidas transmitidas pela TV, o período de aquecimento dos jogadores deve ser suprimido da transmissão. Ou seja, os atletas trocariam bolas em outra quadra, só passando para a cancha do jogo quando estivessem aquecidos. Outra forte tendência nos próximos anos é a troca das cores das quadras de piso sintético. Atualmente, predominam o cinza, o azul e o verde. Eram consideradas cores mais "frias", que não cansariam o espectador. Mas já foi descoberto que elas são frias demais, levando a uma sensação de monotonia, principalmente para quem assiste pela TV. Devem entrar na moda as quadras vermelhas, alaranjadas e até mesmo amarelas. Outra mudança, está nos próprios tenistas, é a estatura dos atletas. Há 20 anos, a altura média dos "top ten" era de 1,75 m. Dez anos depois, subiu para 1,81 m. Atualmente, está em 1,86 m. No entanto, a marca deveria ser até maior, já que o norte-americano Michael Chang, com 1,74 m, puxa a média para baixo. Mas jogadores como ele parecem estar com as portas quase fechadas no futuro do tênis. Lógico que nenhum jovem atleta com menos de 1,80 m deve desistir de batalhar por uma carreira no tênis profissional, mas deve ter em mente que lutará para ser uma exceção. A média de altura do próximo século já deve começar acima de 1,90 m. O exercício de futurologia continua na semana que vem. Texto Anterior: É melhor seguir com Telê do que arriscar Próximo Texto: Notas Índice |
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