São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Conselheiro tutelar pode ser investigado

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Edvaldo Roberto de Oliveira, 50, disse que durante dois anos vai haver "um acompanhamento técnico" dos 50 conselheiros tutelares eleitos ontem no Rio.
Os nomes dos eleitos deverão ser conhecidos em cinco dias.
Além disso, o Ministério Público poderá levantar a ficha criminal de conselheiros eleitos. As medidas visam a garantir a eleição de candidatos que estejam comprometidos com o trabalho do conselho.
O juiz da 1ª Vara da Infância e do Adolescente, Siro Darlan, disse ter recebido denúncias de que alguns candidatos teriam ligações com traficantes de drogas dos morros que formam o complexo do Alemão, na zona norte.
Segundo ele, as denúncias partiram de funcionários da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, que participaram da organização da eleição.
Embora não tenham sido apontados nomes, o juiz disse que a denúncia deverá servir para que o conselho municipal investigue com mais cuidado os candidatos eleitos.
Boatos
O presidente do conselho, Edvaldo Roberto de Oliveira, disse que as denúncias sobre candidatos ligados a traficantes são apenas boatos.
Ele afirmou que recebeu denúncias contra "três ou quatro" candidatos, mas referentes a suas condutas pessoais.
Citou como exemplo denúncias de que alguns não teriam efetivamente trabalhado anteriormente dois anos com crianças e adolescentes -uma das obrigações dos candidatos.
Com salário mensal de R$ 720 e mandato de três anos, cada conselheiro tem como tarefa fiscalizar na cidade o cumprimento dos direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
No final do dia, o plantão do conselho municipal informou que as eleições ocorreram sem incidentes.
Concorreram 380 candidatos, para cerca de 13 mil eleitores inscritos.

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