São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Inquérito checa ligação de policiais com fraude

CLÁUDIA MATTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A Corregedoria de Polícia Civil do Rio abre hoje inquérito para investigar o suposto envolvimento de policiais civis e militares com um esquema de regularização de documentos de carros roubados.
O acusado de ser o elo de ligação do esquema é Carlos Moutinho Barroso, agente administrativo do Detran (Departamento de Trânsito). Segundo denúncias à Corregedoria, Barroso estaria envolvido em fraudes contra seguradoras e em tráfico de drogas.
A denúncia chegou até a Corregedoria através de carta anônima. A polícia decidiu revistar a casa e o escritório de Barroso.
Entre o material apreendido estaria uma lista como nomes de policiais civis, PMs e membros do Judiciário que estariam recebendo dinheiro de Barroso. A Corregedoria, no entanto, se nega a revelar nomes encontrados no livro-caixa e o total das propinas registradas.
Além do livro-caixa, a polícia afirma ter encontrado documentos em branco do Detran, como formulários de transferência de propriedade de veículos, e da DRFVAT (Divisão de Roubos e Furtos de Veículos). Os policiais acreditam que os documentos serviriam para legalizar carros roubados. A polícia também diz ter encontrado na casa de Barroso uma espingarda, uma pistola, um rifle, dois revólveres, uma garrucha e 65 cartuchos de vários calibres.
Procurado ontem pela reportagem, Barroso não foi encontrado para comentar as acusações.

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