São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Citibank quer comprar bancos
GILBERTO DIMENSTEIN
Pela lei, os bancos estrangeiros têm um limite para abertura de agências no país, o que dificulta a atração de correntistas. Em suas análises internas, o Citibank prevê que, com a queda da inflação somada a má gerência, uma série de pequenos bancos serão vendidos. Essa possibilidade é um dos assuntos mais abordados nos boletins de bancos de investimento como Salomon Brothers -desde o início do ano é apontada dificuldade dos bancos na América Latina. Também decidido a aumentar o número de agência no Brasil, o Banco de Boston analisa as ofertas futuras. O Citibank acompanha o movimento dos bancos estrangeiros, de olho na quebradeira de pequenos bancos e a chance de se expandir no Brasil -esse movimento seria visível, primeiro, nos EUA e depois na Alemanha e Holanda. Ainda este ano, o Morgan Stanley inaugura uma agência no Brasil e o Chase/Chemical investiga oportunidades de negócios. Chase e Chemical decidiram se juntar, compondo o maior banco norte-americano. Os bancos estrangeiros estão interessados no mercado brasileiro por dois motivos: 1) suas perspectivas de crescimento com a queda da inflação e reformas constitucionais; 2) com pequenos ou grande bancos em situação difícil são capazes de fazer bons negócios. Os executivos dos bancos estrangeiros lamentam, em conversas reservadas, que o Brasil tenha uma legislação restritiva a sua operação, dificultando a expansão e captação de clientes. Texto Anterior: Especialistas prevêem boom de fusões Próximo Texto: Telesp faz plano para celulares Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |