São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Assassinato de premiê não afeta turismo

CLAUDIO GARON
DA REPORTAGEM LOCAL

O assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin por um extremista judeu no último dia 4 não deve afetar o turismo em Israel, afirma o governo local. A entrada de estrangeiros pode até aumentar.
Para Suzan Klagesbrun, diretora do Ministério de Turismo de Israel, o enterro de Rabin demonstrou para o mundo que a paz na região é irreversível.
Segundo ela, a ida de chefes de Estado da Jordânia e do Egito a Jerusalém mostra que os vizinhos árabes estão comprometidos com a pacificação do Oriente Médio.
Klagesbrun lembra que o egípcio Hosni Mubarak não havia estado em Jerusalém antes. Já o rei Hussein não ia à cidade desde que Israel ocupou sua parte oriental na Guerra dos Seis Dias (1967).
Israel recebeu 2,3 milhões de turistas em 1994. Nos primeiros oito meses de 1995, já visitaram o Estado judeu 2,5 milhões.
Esse crescimento demonstra que o processo de paz serviu para reduzir os temores dos estrangeiros em visitar o Oriente Médio.
Uma delegação do Ministério do Turismo de Israel esteve em São Paulo na semana passada para divulgar o turismo com dois chamarizes: peregrinações e os 3.000 anos de Jerusalém.
A diretora Klagesbrun afirma que a maioria dos 17.056 turistas brasileiros que foram a Israel nos primeiros oito meses deste ano é composta por cristãos.
Ela prevê até o final do ano um crescimento de mais de 100% no número de turistas brasileiros.
Esse crescimento, no entanto, é superado pelo de asiáticos, que dispõem de ligações aéreas diretas para Israel, enquanto os sul-americanos têm de fazer conexões.

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