São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 1995 |
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Superávit fiscal cresce 63,5% no México
FLAVIO CASTELLOTTI
Segundo o relatório de finanças públicas do terceiro trimestre, 87,8% do superávit foi gerado no primeiro semestre do ano, quando o governo retirou dinheiro da economia para conter a inflação. O mercado reagiu bem ao anúncio do superávit público. Ontem, o dólar comercial recuou 15 centavos (1,9%) com relação ao peso, fechando a 7,90 pesos a venda. O economista Arturo Damm acredita que já é hora de o governo abandonar a política superavitária e partir para um Orçamento equilibrado, como o prometido para 96. "A drástica redução do dinheiro em circulação já cumpriu seu papel. Agora, é preciso superar a recessão", disse ele. Os líderes empresariais também são a favor do aumento do gasto público. O Ministério da Fazenda informou também que a dívida externa do setor público subiu 2,6% durante o terceiro trimestre, chegando a US$ 86,1 bilhões. Essa cifra representa 31,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Em dezembro de 87, a proporção da dívida externa em relação ao PIB era de 92%, informa o governo. Credibilidade "A credibilidade do governo mexicano começou a deteriorar-se rapidamente, pois suas projeções econômicas para 96 são inviáveis", disse ontem Stephen Hanke, economista da Universidade Johns Hopkins. O fundador do Conselho Monetário Argentino não é o único que acha inviáveis crescimento de 3% do PIB e inflação de 20% em 96. A Concamin (Confederação das Câmaras Industriais) manifestou-se ontem a favor da criação de um conselho monetário semelhante ao argentino, para manter, a longo prazo, a estabilidade do peso mexicano em relação ao dólar. Segundo a Concamin, o governo de Ernesto Zedillo tem baixos níveis de consenso, credibilidade e liderança, o que propicia o atual clima de volatilidade. Texto Anterior: Como exportar mais? Próximo Texto: Ajuste afetará venezuelanos Índice |
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