São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995 |
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Governo determina que BC divulgue números
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
É o que a Folha apurou entre membros do governo que estiveram ontem em Porto Alegre, para apoiar o lançamento do programa de privatizações do governador Antonio Britto. O BC deverá dizer que facilidades está concedendo ao Unibanco (empréstimos, abatimento de prejuízos do Imposto de Renda e outras isenções) e qual a conta será cobrada da família Magalhães Pinto, ex-controladora do Nacional, caso se apurem prejuízos maiores do que os esperados. Com isso, o governo pretende reagir às críticas segundo as quais o dinheiro público não deveria ser utilizado para ajudar banqueiros. Na avaliação do governo, as facilidades concedidas ao Unibanco, para que assumisse um banco que poderia quebrar nesta semana, devem ser vistas como investimento para sustentação do sistema financeiro como um todo. Além disso, o BC quer deixar claro que a ajuda oficial se destina a salvar a instituição bancária em dificuldades, preservando os interesses dos clientes e poupadores. O governo acredita que a divulgação dos números da operação confirmará sua tese. Entre outras razões, porque se acredita que a família Magalhães Pinto poderá não receber nada pelo Nacional e ainda ser chamada a pagar. Nesse caso, o dinheiro pago pelo Unibanco seria usado para cobrir o rombo do Nacional. E, não sendo suficiente, a família e ex-diretores teriam que entrar com bens para completar. É forte a hipótese de que uma boa conta será cobrada dos antigos donos do Nacional. Texto Anterior: Acionistas do Nacional terão prejuízo Próximo Texto: Projetos culturais poderão ter continuidade Índice |
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