São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Rainha faz acusação contra delegado
KENNEDY ALENCAR
Segundo Rainha, o delegado, que pediu sua prisão preventiva por duas vezes, não o ouviu durante as investigações. "Quero ter o direito de depor e de acabar com essa farsa", disse Rainha. O ouvidor, Benedito Domingos Mariano, disse que vai encaminhar a acusação de Rainha à Delegacia-Geral e à Corregedoria de Polícia Civil do Estado. O Ministério Público estadual também será acionado. "Não temos o poder de julgar, mas de encaminhar os fatos para que sejam investigados", afirmou o ouvidor. Rainha disse ser "vítima de uma armação", ao se referir à acusação de ter extorquido R$ 6.000 do fazendeiro Roberto Amaro. O líder do MST disse que o dinheiro foi dado em empréstimo, já pago com sementes, a trabalhadores sem terra do Pontal. Em outubro, Fogolin pediu a prisão preventiva de Rainha pela primeira vez devido à acusação de homicídio no Espírito Santo. Rainha afirmou que essa acusação também é falsa. Segundo ele, o delegado teria ignorado seu domicílio na cidade de Teodoro Sampaio (SP) e conduzido os inquéritos policiais sem ouvi-lo. A ouvidoria recebe denúncias de abusos das polícias Civil e Militar. Essa é a primeira acusação que o órgão torna pública desde que começou a funcionar na terça-feira passada. Qualquer pessoa pode denunciar um abuso policial à ouvidoria. O órgão mantém em sigilo, quando solicitado, a autoria das acusações. Os denunciantes também poder pedir proteção. Primeira experiência de ombudsman de polícia da América Latina, a ouvidoria recebe reclamações pelo telefone 826-1244, ramal 222, entre 9h e 17h. Texto Anterior: MST faz acordo para deixar fazenda em SP Próximo Texto: Prefeito libera funcionários e culpa sem-terra Índice |
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