São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
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Senado deixa Paulo Renato falar sozinho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Renato Souza (Educação), convocado para falar ontem na Comissão de Educação do Senado sobre o programa do governo para a valorização do ensino de 1º grau, encontrou poucos senadores interessados no tema.
O escândalo provocado pela suspeita de tráfico de influência no projeto Sivam e as reuniões realizadas pelas Comissões de Assuntos Econômicos e Relações Exteriores (responsáveis pela apuração do escândalo), esvaziaram a audiência com Paulo Renato.
O senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), relator do projeto Sivam, é o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) preside a Comissão de Relações Exteriores.
No final da audiência, que durou cerca de uma hora, havia apenas quatro senadores no plenário: José Bianco (PFL-RO), Gerson Camata (PMDB-ES), José Roberto Arruda (PSDB-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP). Mais doze senadores assinaram o livro de presença mas não ficaram.
"Há um relativo desinteresse dos senadores e uma grande desorganização do Senado, que marca reuniões simultâneas", disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Comissão de Educação.
"Muitas vezes, a importância para a Educação se dá da boca para fora. Sempre os outros assuntos econômicos e políticos passam na frente", afirmou o ministro Paulo Renato, ao final da reunião.
Segundo Requião, faz um mês que a comissão não dá quórum e não vota nenhum projeto. "Vou cumprir o regimento e mandar os projetos relatados para o plenário do Senado", disse Requião.

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