São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presidência vai mudar telefones

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Presidência da República está implantando um sistema de telefonia digital que custará em torno de R$ 2,7 milhões e que protegerá contra escuta as comunicações entre os palácios do Planalto, Alvorada (residência do presidente), Jaburu (residência do vice) e a Granja do Torto.
O novo sistema permitirá que os sinais das conversas telefônicas entre os três palácios e a Granja do Torto sejam diretas, sem passar pela Telebrasília. Hoje, até uma ligação entre o prédio principal e o anexo do Planalto é feita por meio de telefonia convencional.
O processo está em fase de licitação, segundo a assessoria da Presidência. Seis empresas disputam a concorrência. A Secretaria-Geral do Planalto espera que a instalação seja concluída até maio, se não houver recursos à escolha da vencedora.
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, afirmou que a implantação do serviço foi determinada antes de FHC saber da escuta nos telefones de Júlio César Gomes dos Santos. Segundo ele, o planejamento foi feito há quatro meses.
Amaral disse que o sistema atual de proteção contra "grampos no gabinete de FHC, de alguns ministros e dos assessores mais próximos só funciona nos casos de telefonemas entre essas linhas.
O atual bloqueio de escuta (cripto) tem alcance limitado: só impede a captação de conversas se os aparelhos usados tiverem um dispositivo especial. Nessa hipótese, o "grampo pode ser instalado mas a gravação precisaria ser decodificada por um especialista.
Os aparelhos com cripto são vermelhos e estão espalhados nas principais salas da Esplanada dos Ministérios.

Texto Anterior: PF enganou juiz para realizar "grampo"
Próximo Texto: Tuma diz que é ameaçado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.