São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
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Tuma diz que é ameaçado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Romeu Tuma (sem partido-SP) afirmou ter recebido 11 telefonemas anônimos com ameaças de morte: três na noite de quarta-feira e oito ontem (até as 19h). Disse não estar com medo.
"Fico triste. As pessoas não estão entendendo minha postura em defesa do presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.
Tuma vem fazendo declarações considerando que o presidente foi "traído" no episódio da escuta telefônica feita pela Polícia Federal na casa do embaixador Júlio César Gomes dos Santos. Segundo ele, a PF não agiria sem "ordens superiores".
Tuma teve audiência com FHC ontem à tarde. Ele afirmou ter recebido a garantia do presidente de que não vai haver "mudanças drásticas" na estrutura da PF por causa do episódio.
Ex-diretor-geral da Polícia Federal por sete anos (1985 a 92), o senador disse não acreditar que as ameaças de morte tenham partido da PF. Ele não atendeu a nenhuma das ligações.
Segundo as secretárias e assessores do seu gabinete que atenderam aos telefonemas, as pessoas que ligaram diziam que Tuma se arrependeria se continuasse a fazer críticas à atuação da PF. Diziam que o senador poderia ser "silenciado".

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