São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fiat estuda aumentar preço de carro

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiat está estudando a possibilidade de aumentar os preços dos seus carros. A afirmação é de Cledorvino Belini, diretor-geral da Fiat Automóveis.
"O reajuste é necessário por causa da elevação dos custos de produção, mas a empresa ainda não tem posição definida sobre o assunto", disse Belini.
Segundo Belini, um eventual aumento não depende de acordo com a rede de revendedores.
A Volkswagen e a GM já comunicaram às suas concessionárias que pretendem reajustar a tabela.
A Volkswagen realizou quarta-feira a primeira reunião com representantes da Assobrav (associação dos concessionários Volks) para discutir o reajuste. Mas o encontro foi suspenso sem a definição do índice de aumento.
Os revendedores de todas as marcas são contra o reajuste. "É inoportuno", diz Humberto Carneiro, presidente da Abracaf (associação dos concessionários Fiat).
Representantes das associações de revendedores estiveram reunidos ontem em São Paulo. Eles querem adotar uma estratégia comum para evitar novos aumentos de preços.
Os concessionárias pretendem também negociar com as fábricas uma redução dos seus estoques. Atualmente as revendas têm estoque para 19 dias de venda, considerado muito alto.
Elas querem manter estoque máximo para sete dias de venda. O que ultrapassar esse volume teria de ficar no pátio da montadora.
Paulo Simões, presidente da Assobrav, diz que as revendas estão trabalhando sem lucro ou com prejuízo. "As vendas estão fracas. Na Volkswagen, até os populares são negociados com desconto", afirma.
Nos primeiros 20 dias de novembro, as vendas de carros no varejo (do concessionário para o consumidor) caíram 11,2% em comparação com o mesmo período de outubro. Foram negociados este mês 67 mil unidades, contra 75.500 no mês passado.

Texto Anterior: Siemens fatura mais de US$ 1 bi no Brasil
Próximo Texto: INSS amplia limite de compensação para 30%
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.