São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Uso de crack é comum entre jovens

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

Lajeado vive os problemas típicos da periferia: consumo de crack entre jovens, falta de creche, ruas esburacadas ou sem pavimentação e os piores postos de saúde de um sistema em crise permanente.
Na Unidade Básica de Saúde de Chabilândia, dia 8 de novembro passado, 43 mães aguardavam, com os filhos no colo, a chegada de um pediatra. Todas tinham cartão com consulta marcada para as 13h, mas até as 16h nenhuma havia sido atendida.
A igreja Santa Quitéria, na Chabilândia, serve de ponto de venda de drogas à noite. O crack é a moda entre os jovens.
"Não há lazer para eles, que recorrem às drogas como um modo de diversão", diz o padre José Pedro da Silva.
Na Vila Iolanda, há vários grupos de meninos brincando na rua enquanto deveriam estar na escola.
A avenida Nordestina, principal via de principal acesso a Lajeado, não tem calçadas. O asfalto está rachado, cheio de buracos. Quem vai de ônibus até o centro enfrenta uma viagem de duas horas. Isso quando o trânsito está bom.
O nome do distrito se deve a grandes formações de blocos de pedra na região. Enormes lajes obrigavam quem tinha chácara a cavar mais de 35 metros para obter água.
(KA)

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