São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Bloqueio gera prejuízo de US$ 30 mi FÁBIO ZANINI e SILVIA DE MOURA FÁBIO ZANINI; SILVIA DE MOURA
Eles protestam contra a decisão do governo governo brasileiro em reduzir, no último dia 16, a cota de importação livre de impostos de US$ 250 para US$ 150. Até sábado, o prejuízo das lojas paraguaias era estimado em pelo menos US$ 30 milhões pela Câmara de Comércio de Ciudad del Este, que reúne cerca de 6.000 estabelecimentos. O vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Gelson Werminghoff, disse que os representantes paraguaios "estão irredutíveis e pretendem continuar com o bloqueio". A Prefeitura de Foz do Iguaçu realizou uma reunião no final da tarde de anteontem com vereadores da região oeste do Paraná e representantes comerciais paraguaios para discutir soluções para o bloqueio da ponte. Os participantes da reunião encaminharam no mesmo dia uma proposta ao governador do Estado, Jaime Lerner (PDT), para que ele faça a intermediação junto ao presidente Fernando Henrique. Segundo o secretário da Indústria e Comércio de Foz do Iguaçu, Mohamad Bakarat, a proposta "pede uma trégua de 90 dias, onde a cota ficaria taxada em US$ 250". Segundo ele, cerca de 100 pessoas e 20 carros faziam o bloqueio da ponte ontem, no lado paraguaio. A Polícia Federal e Receita Federal não fizeram estimativas. A PF reforçou a vigilância na entrada da ponte para evitar conflitos com as pessoas que não podem atravessar para o Paraguai. Até as 17h de ontem, não havia sido registrado nenhum incidente grave. A passagem foi permitida, ainda que só de pedestres, entre as 23h de sexta-feira e 7h de anteontem. Em Foz do Iguaçu, carros, caminhões e ônibus de excursão parados formaram uma fila de mais de cinco quilômetros de extensão esperando para atravessar a ponte. Alguns sacoleiros insistiram em atravessar a fronteira em balsas ou pequenas canoas, apesar da maioria das lojas do lado paraguaio permanecer fechada. Na sexta-feira passada, a Receita Federal anunciou que não vai rever o limite de isenção de R$ 150 para bagagens de viajantes nas fronteiras terrestres entre Brasil e Parguai. Uma delegação diplomática paraguaia esteve no Ministério das Relações Exteriores negociando a volta do limite antigo de R$ 250 -que vigorou até o último dia 15. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Categoria deve entrar em greve Próximo Texto: Malan diz que juros pesarão menos em 96 Índice |
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