São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Teens viram capa de revista ambulante
ANTONINA LEMOS
Ele diz que é adepto das transformações. "É legal você não se acomodar. Sempre que estou deprimido corto o cabelo", diz. Michel se define como "o cara mais narcisista que existe". E parece que a moda serve ao seu narcisismo. "O homem é muito preocupado com a imagem, às vezes fico duas horas me vestindo. Pareço mulher. É bom se arrumar e se vestir bem", diz. O vestibulando prefere comprar roupas em lojas estrangeiras, quando está viajando. "Adoro a Gap e a Calvin Klein. No Brasil admiro a Escola de Divinos", diz. Camila Franz, 14, não é tão radical nas mudanças, mas está sempre seguindo a moda. "Eu sempre uso o que está nas vitrines", diz. A menina conta que chega a mudar o seu gosto de acordo com a moda. "Quando entrou na moda usar saia com meião eu odiava. Depois acabei usando, mesmo achando feio". Ela assume que é vítima da moda e tem ma teoria para explicar a sua escravidão. "Sigo a moda para não ficar diferente. As pessoas tiram sarro de quem não segue", diz. Sua amiga Thaís Mendes, 13, concorda e segue a moda à risca. "Você acaba seguindo o que os outros seguem", diz. Thaís até deixa de usar coisas que gosta por causa da moda. "Adoro saia indiana, acho lindo, mas não uso mais porque saiu de moda", diz. Texto Anterior: Novas bandas de rock estéim em CD Próximo Texto: "Vítimas da moda não tem personalidade" Índice |
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