São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
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Ladrão mantém 5 reféns em banco de GO

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma tentativa de assalto a banco ontem em Goiânia transformou-se no sequestro de 18 pessoas. Até as 19h, o assaltante mantinha dentro da agência do BEG (Banco do Estado de Goiânia) cinco reféns.
O assalto seguido de sequestro começou às 10h30, quando o rapaz -que dizia chamar-se Alex Fonseca- entrou na agência da praça dos Violeiros, na periferia de Goiânia.
Os policias do 2º DP, que fica a menos de 300 metros do banco, foram avisados por um pedestre.
Cercado pela polícia, Fonseca tomou como reféns 18 pessoas que se encontravam na agência, entre clientes e funcionários.
Foram para o local mais de 80 policiais do Batalhão de Choque da PM e agentes da Polícia Civil, incluindo a equipe de resgate do GAS (Grupo Anti-Sequestro) e atiradores de elite.
As negociações começaram com a chegada do delegado Ronaldo Alexandre, que mantinha contato com o assaltante por meio de um telefone instalado em uma sorveteria próxima ao banco.
Fonseca exigiu um carro blindado e todo o dinheiro que estava dentro do cofre da agência para libertar os reféns e fugir.
As negociações passaram então a ser feitas pelo superintendente da Polícia Judiciária, Nilfo Sebastião Naves, e pelo Secretário da Segurança Pública do Estado, Antônio Lourenzo Filho.
O governador do Estado, Maguito Vilela, era informado, por telefone, de tudo o que acontecia no local e ordenou que a agência só deveria ser invadida caso a vida dos reféns corresse perigo.
Nos vários contatos telefônicos feitos à tarde com o assaltante, a polícia afirmou que não atenderia suas exigências, dando a ele, caso se entregasse, garantia de vida e integridade física.
No começo da tarde, ele soltou as sete mulheres que estavam como reféns. Por volta das 19h, outros seis reféns, todos homens, foram libertados.
O superintendente da Polícia Judiciária afirmou ao assaltante que estaria disposto a "esperar até por uma semana caso fosse preciso", mas não atenderia suas exigências.
Um helicóptero do governo do Estado fez vôos rasantes sobre o banco, como forma de pressionar o assaltante a se entregar. A expectativa era de que o rapaz se rendesse à noite.

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