São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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Empresa superfaturou nos EUA
CLÓVIS ROSSI
Extrema coincidência: o suposto superfaturamento teria ocorrido (nos anos 80) em contrato com a Força Aérea dos Estados Unidos para a construção de radares, exatamente um dos equipamentos a ser utilizado no Sivam. O caso é relatado em detalhes no minucioso "Dossiê Sivam", preparado pelo professor Clóvis Brigagão, do Conjunto Universitário Cândido Mendes. O almirante Mário Cesar Flôres, em artigo para a Folha, comenta o episódio em termos cândidos: "A empresa líder do consórcio vencedor (a Raytheon) teria tido problemas no passado com o governo dos EUA. A notícia foi oportunamente verificada e autoridades norte-americanas (Executivo e Legislativo) informaram terem sido eles resolvidos". Flôres não contou como foram resolvidos. Assim: a Raytheon fez um acordo com o governo norte-americano, antes do caso chegar aos tribunais, e pagou um reembolso de US$ 4 milhões. A questão que fica é óbvia: se houve superfaturamento nos EUA, país em que a legislação e as punições são muito mais rigorosas, por que não poderia haver também no Brasil? (CR) Texto Anterior: Jogo envolve filão de US$ 20 bi Próximo Texto: Projeto mantém pessoal da Esca Índice |
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