São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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O Brasil, sem escravos e movido a café, já rodava em câmara lenta

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A economia brasileira se transformava em câmara lenta no ano em que o surgiu o cinema. Café já tinha virado palavra mágica: o país era responsável por 57% das exportações mundiais.
A lavoura, sete anos depois da abolição da escravatura, recebia, em 1895, algo em torno de 140 mil imigrantes estrangeiros. O mercado consumidor crescia com o trabalho, de uma vez por todas, só assalariado.
Um dos sintomas disso: entre 1890 e 1895 surgiram 452 fábricas. O setor têxtil ficava com 60% dos investimentos.
O Rio, então Distrito Federal, possuía o maior parque fabril, com um terço da produção e um quinto do operariado. São Paulo, com a quarta maior população urbana (atrás do Rio, Salvador e Recife), vinha em segundo lugar. A primeira hidrelétrica funcionava havia 13 anos em Minas e ainda se estava longe das 11 usinas a que o Brasil chegaria em 1900.
(JBN)

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