São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Prefeitura planeja construir estações de trem monotrilho na região central

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo planeja construir estações de trens monotrilho na região central e proibir o acesso de veículos à área por onde vão passar os trens.
Os trens, cuja implantação está em estudo, são elétricos e circulam em um único trilho, suspensos a 20 metros do solo.
Nas oito estações que se pretende construir (D. Pedro 2º, Sé, João Mendes, Maria Paula, São Luiz, República, Alfredo Issa e Senador Queiroz), seriam feitas plataformas de concreto por onde passam os trilhos ligando uma parada à outra. As plataformas seriam sustentadas por pilastras, cobrindo uma área de 4,9 km.
"O objetivo é a melhoria do meio ambiente. Com a proibição de circulação de veículos na área delimitada pelos trilhos, a poluição diminuiria", diz o secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, 60. A expectativa é de que os trens transportem 100 mil passageiros por dia.
Segundo Toledo, a secretaria se reuniu com especialistas japoneses em trânsito no mês de agosto. "Eles passaram 40 dias aqui, fizeram estudos e nos apresentaram duas propostas de transporte, a construção de metrô, que é muito cara, e os Veículos Leves sobre Trilhos", diz.
O custo das obras para os trens monotrilhos está estimado em US$ 150 milhões. Parte do valor da obra (60%) seria financiada por um banco japonês.
"Os interessados em participar da concorrência deverão fazer propostas de financiamento para os 40% restantes", afirma o secretário.
A concorrência será aberta a empresas nacionais e estrangeiras. Os vencedores ficarão responsáveis pela construção e operação do sistema.
"A iniciativa privada é que vai operar o sistema. A prefeitura não vai se envolver", diz Toledo.
A secretaria já enviou ao Ministério do Planejamento o pedido para obtenção do financiamento externo. Se o financiamento for aprovado, é aberta a licitação
A estimativa do secretário é que a licitação comece em março e a construção, seis meses depois. As obras durariam de um a dois anos. "Só no próximo governo estaria pronta. É uma obra para a cidade de São Paulo", afirma.
O projeto prevê a circulação de 15 trens monotrilho. Nos horários de pico, o intervalo entre um e outro seria de três minutos.
Segundo o secretário, no perímetro por onde passam os trens ficaria proibida a circulação de qualquer veículo, inclusive táxis e ônibus. A secretaria estuda alternativas para os locais onde há terminais de ônibus, como as praças da República e Patriarca.

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