São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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Caminhada foi 'lúdica', diz Maia
RONI LIMA
Maia deu entrevista para uma rádio carioca e, questionado sobre a caminhada, disse que um ato que teve tanta divulgação deveria ter reunido muito mais gente. Segundo ele, a avenida Rio Branco cheia, como foi o caso do Reage Rio, comportaria 38 mil pessoas. Maia criticou em especial a "diversidade" do Reage Rio. O prefeito disse não ter nada contra as drag queens e socialites que foram ao Reage Rio, mas "a drag queen não tem nada a ver com a jornalista Vera Dias numa mesma manifestação". Ele se referia à viúva do empresário David Kogan, que foi sequestrado e morto, segundo a polícia. Para Maia, essa diversidade "é uma energia caótica", que "gera muito mais expectativas do que a possibilidade de responder a essas expectativas num prazo médio". O governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), disse que a caminhada "foi positiva", mas que agora era preciso "tirar o proveito disso". Alencar disse que não pode haver ilusões de que "a violência se resolve num estalo ou num grito ou num apelo". Ele afirmou que o aparelhamento da polícia faz parte deste esforço. O governador afirmou que a reivindicação do movimento Viva Rio, de obter R$ 1 milhão para investimentos sociais e em segurança, "é uma questão fundamental". No entanto, Alencar disse que, desse dinheiro, R$ 500 milhões não dependeriam da mobilização do Viva Rio, pois "já são objetos de negociações". Ele se referia a dois projetos: o "Baixada Viva", projeto de saneamento de parte da Baixada Fluminense, com recursos de US$ 200 milhões do Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento), e o projeto da prefeitura "Favela-Bairro", de reurbanização de 76 favelas do Rio, com recursos da ordem de US$ 300 milhões (sendo US$ 180 milhões do Bid). Texto Anterior: Betinho critica governos do Rio Próximo Texto: Protesto foi misto de 'medo e frustração', diz jornal Índice |
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