São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Advogado pode não ter sido morto pelo filho

DA FT

O depoimento de uma nova testemunha pode mudar o rumo das investigações do assassinato do advogado José Francisco da Silva, 68, na Aclimação (zona sul de SP). Até agora, o maior suspeito era o filho do advogado, A.F.T.S., 16, que havia confessado o crime.
A testemunha, cujo nome a polícia não quis revelar, associou a morte do advogado ao assassinato do então prefeito de Arujá (Grande SP), Geraldo Barbosa, em 1990.
Ela afirmou que conhece a pessoa que mandou matar Barbosa e que possivelmente tenha mandado matar o advogado.
Segundo a testemunha, Barbosa foi morto por ir contra o interesse de um famoso corretor de imóveis de Arujá.
Três pessoas foram presas pelo assassinato do prefeito. Elas confessaram o crime, mas dizem que fizeram isso sob tortura. O mandante seria o então vice-prefeito, João Pedro dos Santos, que nega.
Para a nova testemunha, essa versão está errada.
O advogado Silva ia, segundo o novo depoimento, apresentar a testemunha que depôs hoje à Justiça, para esclarecer a morte do prefeito. Três dias antes de fazer isso, morreu em seu apartamento.
"Os indícios de que o filho do advogado é realmente o autor do crime são fortes, mas não podemos descartar as afirmações da testemunha", disse o delegado Osmar Ribeiro Santos, 36.

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