São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995
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Prefeitura de Buenos Aires autoriza destruição de obra de Burle Marx

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A única obra do arquiteto e paisagista brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994) em Buenos Aires foi destruída no início desta semana por ordem da Intendência (Prefeitura) da cidade.
A obra era composta por estruturas circulares de concreto e se encontrava na praça Peru, em Palermo Chico, um bairro de classe média alta.
A maior das estruturas, oca, se erguia como um muro e continha um parque infantil e um areal em seu interior. Uma retroescavadeira transformou a obra em escombros.
Burle Marx a idealizou em 1972, por encomenda da Embaixada do Peru. A intenção dos diplomatas era a de instalar a obra na praça, localizada em frente à sua sede, e doá-la à cidade.
Segundo informações obtidas pela Folha junto a diplomatas peruanos, o pedido de destruição partiu dos moradores da região.
Eles teriam argumentado à Intendência que a criminalidade naquela zona havia aumentado por causa da obra, que servia como esconderijo de marginais.
A Folha tentou ouvir o embaixador do Perú, Alberto Ulloa. Ele está viajando e retorna apenas na próxima semana.
O intendente de Buenos Aires, Jorge Domínguez, confirmou que a demolição foi em benefício da segurança das pessoas.

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