São Paulo, sábado, 2 de dezembro de 1995
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Roberto Carlos lança disco e ataca crítica

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma coletiva de imprensa, anteontem à noite, promoveu o lançamento do novo álbum de Roberto Carlos, o 38º disco de sua carreira -que, mais uma vez, leva o nome do cantor. O disco começou a ser distribuído ontem às lojas.
O cantor revelou que pretende ousar mais em 96, lançando um disco no meio do ano. Pensa em fazer, ou um álbum acústico, ou de duetos, ou uma compilação de temas religiosos, ou só de regravações.
"A gente vive a época dos projetos", justificou.
Entre seus outros projetos, ele disse que gostaria de voltar a trabalhar no cinema.
Sobre o tradicional programa especial de fim de ano na Rede Globo, Roberto Carlos disse que o repertório ainda não foi decidido, mas confirmou que haverá uma parte dedicada à Jovem Guarda.
Os convidados serão Lulu Santos, Ângela Maria, Daniela Mercury, Erasmo, Wanderléa, Jerry Adriani e Wanderley Cardoso.
Na entrevista, ele refutou a acusação de repetir a mesma fórmula em seus discos e acusou os críticos de música de não analisarem profundamente o seu trabalho.
Ele ironizou, dizendo que vão achar a capa do novo disco parecida com a do penúltimo álbum. "E é mesmo", riu.
"Que me desculpem os críticos, mas a crítica não representa o gosto do povo. E eu faço disco para o povo", afirmou.
Ele não respondeu quando perguntado sobre as diferenças entre o novo disco e os anteriores. Mas explicou seu método de escolha de repertório.
"A escolha é sempre o mesmo critério. Componho quatro ou cinco músicas com o Erasmo. Do material que os outros compositores me mandam eu tiro o resto."
Depois de homenagear as gordinhas e as baixinhas, no novo disco ele homenageia as mulheres de óculos, em "O Charme dos Seus Óculos".
"Nada é planejado. Não penso em fazer um disco pensando em alcançar um determinado público", afirmou.
Segundo ele, a idéia da música surgiu durante um show, em que havia muitas mulheres de óculos e de binóculos.
Ele comentou a não-realização de um show no reveillon carioca. A prefeitura justificou o cancelamento por causa do cachê, que seria de R$ 2 milhões. "Não sei de onde saiu esse número", afirmou o cantor, que disse que queria que a apresentação fosse beneficente.

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