São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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DEPOIMENTO

A secretária do meu ex-marido é um caso clássico: ela começou no escritório com 23 anos e logo tomou conta de todas as atividades. Controlava agenda, contas e telefonemas. Boicotava as minhas ligações, dizia que ele não estava. Depois, passou a ficar com ele nos "serões". Não me dei conta, até que os amigos dele começaram a fazer piadinhas. Ele negava. Chegou a dizer que a tinha mandado embora. Era mentira. Sou ciumenta por natureza e descobri que ela continuava funcionária dele. Um dia, liguei, percebi que era ela do outro lado e corri para o escritório. Foi uma baixaria, mas ele continuou mentindo: disse que ela só ia lá para usar a biblioteca. Por sinal, ele pagava a faculdade dela. Descobri um recibo na pasta dele. O caso deles durou oito anos. Ela casou com outro cara, mora nos EUA, mas ele a visita até hoje.

Dorothy Accorone, 55, é empresária.

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