São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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Que partículas há no ar de São Paulo?

Que partículas há no ar de São Paulo?
Marco Aurélio Genicolo, 27, engenheiro, São Paulo (SP)

Cláudio Darwin Alonso, do Departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, responde:
"O tamanho das partículas suspensas no ar é importante pois, quanto menor o tamanho, mais profundamente penetram no sistema respiratório.
"As partículas menores que dez micra (plural de mícron, milésima parte do milímetro) são as mais importantes e, em São Paulo, se apresentam em concentrações médias anuais de 70 microgramas por metro cúbico. Dessas, 58% são menores que 2,5 micra e 42% estão entre 2,5 e 10 micra.
"Observam-se, nas partículas finas, componentes provenientes da ressuspensão do solo, como o alumínio, silício, ferro e cálcio, que se encontram em proporções que variam entre 0,3 e 2%.
"Os sulfatos são encontrados entre 5% e 25% e, em grande parte, são formados, na atmosfera, pela transformação do dióxido de enxofre proveniente da queima de combustíveis.
"O chumbo não é mais utilizado no Brasil como aditivo de gasolina, e, por isso, sua concentração na atmosfera de São Paulo é baixa, em geral abaixo de quatro microgramas por metro cúbico.
"O maior componente da atmosfera paulista é o material carbonáceo, constituído pelas fumaças pretas provenientes da queima de combustíveis.
"A média observada em São Paulo é de 55% das partículas, valor muito maior do que, por exemplo, em Nova York e Los Angeles (EUA).
"Como grande componente das partículas, com alto grau de toxicidade, o material carbonáceo merece cuidado especial no controle dos veículos, que são a principal fonte de sua emissão.

Correspondência para a seção "Sem Mistério" deve ser encaminhada à Editoria de Ciência (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01290-900, São Paulo - SP), com nome, idade, profissão e endereço. Não serão respondidas cartas com pedidos de aconselhamento médico ou psicológico.

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