São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Comissão pede quebra do sigilo telefônico de Marquinho Chedid

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O corregedor-geral da Câmara, Beto Mansur (PPB-SP), presidente da comissão de sindicância que está apurando as denúncias de extorsão de "bingueiros" por parte de integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, solicitou a quebra do sigilo telefônico do deputado Marquinho Chedid (PSD-SP).
Chedid é o principal alvo das denúncias de donos de bingos de São Paulo, que o acusam de ter cobrado propinas para isentá-los de culpa na CPI. Ele nega.
A comissão também quer investigar as contas de telefones dos "bingueiros" que fizeram as acusações. As denúncias surgiram depois de escuta feita pela Polícia Civil de São Paulo nos telefones do dono do bingo Liberty, Ricardo Steinfeld, que disse que pagou US$ 150 mil a um intermediário de Chedid.
Mansur disse que a quebra do sigilo telefônico depende de autorização de Chedid, porque a comissão de sindicância não tem poder judicial para fazê-la. A autorização foi pedida na semana passada, mas, até ontem, o corregedor não recebera resposta do deputado.
A comissão de sindicância, instituída na semana passada pelo presidente da Câmara, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), deve fazer sua primeira reunião hoje. Integram a comissão Hélio Bicudo (PT-SP), Zaire Rezende (PMDB-MG) e Jairo Azi (PFL-BA).
Segundo Mansur, a instrução recebida do presidente da Câmara é encerrar a sindicância o mais rápido possível. "A Casa quer uma conclusão para esse caso o quanto antes", disse o corregedor.
A comissão de sindicância também vai convidar Chedid a depor. Vão ser convidados também a prestar esclarecimentos a presidente da CPI, deputada Zulaiê Cobra Ribeiro (PSDB-SP), e o relator, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ).

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