São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
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Para Covas, não há democracia sem informação Esta é a íntegra do discurso do governador de São Paulo, Mário Covas. Exmo. sr. Fernando Henrique Cardoso, presidente da República Federativa do Brasil; ministro José Paulo Sepúlveda Pertence, presidente do Supremo Tribunal Federal; sr. deputado Luís Eduardo Magalhães, presidente da Câmara dos Deputados; sr. senador José Sarney, presidente do Senado e do Congresso Nacional; sr. deputado Ricardo Tripoli, presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo; sr. Paulo Maluf, prefeito do município de São Paulo; sr. Octavio Frias, presidente da Empresa Folha da Manhã; srs. ministros da Argentina, do México e do Brasil; srs. governadores; srs. embaixadores; srs. senadores; deputados; vereadores e prefeitos aqui presentes; altas autoridades; minhas sras.; meus srs.. São Paulo sente-se extremamente orgulhoso de poder conviver com essa obra. Ela tem um significado muito especial, não apenas pelo investimento feito, US$ 80 milhões aplicados e US$ 40 milhões num futuro próximo. Mas ela é particularmente notável, porque possui três vetores muito significativos. O primeiro deles é o compromisso muito claro e nítido com o que existe de mais moderno do ponto de vista da tecnologia. Lá, do centro da cidade, via microondas, as notícias serão transmitidas para cá, e, aqui, através de processo via computador, transformadas numa folha, que posteriormente e depois se transformará. E passando na produção, criará o jornal. O trânsito dele até a saída e o empacotamento não sofrerá qualquer intervenção manual. E a própria colocação dentro do caminhão será feita obedecendo critérios e controle eletrônico. Toda produção será acompanhada sem que alguém toque as suas mãos em todo processo. Essa primeira vertente é profundamente significativa e acompanha "pari passu" o que existe de mais moderno nessa matéria em todo mundo. Mas se essa vertente é fundamental, não menos fundamental é o segundo vetor. É o compromisso de natureza social. A montagem da articulação de trabalho neste edifício será feita no que se chama "quiet rooms", perfeitamente aclimatados, dentro dos quais o gráfico poderá trabalhar em ambiente acústico e térmico absolutamente conveniente e, portanto, lhe dando condições de trabalho excepcionais. Mas, se não bastassem essas duas vertentes, há uma terceira, que qualquer investimento no mundo moderno tem por obrigação obedecer: é o compromisso com o meio ambiente. Aqui os resíduos químicos serão tratados antes de ter acesso à corrente d'água. Por tudo isso, a obra em si própria seria justificável e extremamente gratificante. Mas há valores que presidem a sua existência. Esses valores são a audácia, a ousadia, o espírito de iniciativa, a capacidade de empresariar, que estão presentes na Empresa Folha da Manhã. E é esta capacidade que torna possível esta inauguração. Mas ainda tudo isso não seria suficiente não fora o fato de que um valor mais alto preside a tudo isso. É a consciência clara, nítida, de que democracia hoje em dia é, sobretudo, informação. Não há democracia sem a existência da informação. Nem há direito que o cidadão possa praticar se previamente ele não for informado da sua existência. E esse compromisso com a informação, a consciência de que a liberdade de imprensa tem como objeto o leitor, tem como destino, como agente passivo a cidadania, é uma coisa que esta empresa, este jornal tem respeitado ao longo do tempo. Por isso, o governador de São Paulo neste instante, em nome do povo paulista, quer se associar ao enorme regozijo de toda a população por esta iniciativa. Em particular, o governador sente-se profundamente gratificado por poder ver ao longo do seu período de governo uma obra desta grandeza e desta modernidade, como a que hoje se inaugura. Parabéns à Folha da Manhã Texto Anterior: Presidente elogia história de 'luta' do jornal e lembra convite para colaborar Próximo Texto: Mudança melhora produto, diz Frias de Oliveira Índice |
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