São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Quais as perspectivas para a economia brasileira em 96?

Israel Vainboin, presidente do conselho de administração do Unibanco: "A economia vai aquecer, principalmente a partir do segundo semestre. 1996 será um ano fundamental para o ajuste fiscal e a economia pode fechar o ano com crescimento de até 4%".

Eduardo Giannetti da Fonseca, economista da USP: "Teremos uma inflação baixa, de 15% a 20% no ano. A grande batalha será o ajuste das contas públicas em bases permanentes, sem o quê não haverá crescimento sustentado."

Jaime Pinheiro, presidente do Banco BMC: "O país deve crescer de 3% a 3,5% no ano que vem, a inflação deve ficar entre 15% e 18% e a taxa real de juros deve ficar em 12%. O país continuará o processo de estabilização, com maiores ajustes do sistema financeiro".

Enrico Misasi, presidente da Olivetti do Brasil: "Vamos trabalhar com uma expectativa de inflação entre 15% e 20% e esperamos um incremento de 3% do Produto Interno Bruto".

Olacyr de Moraes, presidente do grupo Itamarati: "O ano que vem deve ser difícil, devido aos altos custos financeiros. É preciso fazer os ajustes da parte do governo, que prometeu mas não conseguiu sanear o déficit público e não fez a reforma tributária".

Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo: "Devemos manter a estabilização da economia no próximo ano. A inflação deve ficar entre 15% e 20% e deve descer gradativamente. Para os trabalhadores, vamos ter que consolidar a livre negociação".

Roberto Teixeira da Costa, presidente da Brasilpar: "Vamos ter um primeiro semestre fraco. Investidores e afluxo de recursos para Bolsas e mercado vão ser influenciados pelo ritmo das reformas. Dele vai depender o comportamento do segundo semestre".

Romeu Chap Chap, presidente da construtora Chap Chap: "Teremos um primeiro semestre bastante difícil. Para o setor imobiliário, o decisivo será a redução das taxas de juros e o aumento da oferta de financiamento".

Luís Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia: "Estou vendo perspectiva de queda da inflação para 15% no ano e crescimento em torno de 4%. O setor de alimentos deve crescer, porque a massa salarial está crescendo e os ganhos estão fazendo as empresas baixarem os preços. Esse setor deve crescer de 5% a 10%".

Jacks Rabinovich, presidente do grupo Vicunha: "O primeiro semestre será muito fraco. Será uma fase de ajuste. Espero que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça perto de 3%. Não podemos ter um crescimento exagerado para que o país não perca o controle do processo de estabilização."

Pedro Conde, presidente do Banco BCN: "O primeiro trimestre de 96 vai ser difícil, pois houve uma desaceleração grande da economia neste final de ano e para reativá-la será mais difícil. Depois, as perspectivas são de ajuste e crescimento econômico. Será preciso mudar a política de juros".

José Carlos Pinheiro Neto, diretor da General Motors: "É razoável um crescimento de 4% a 5% na economia, conforme já foi previsto pelo governo".

Werner Karl Ross, presidente da Degussa e da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo: "O governo precisa começar uma política para incentivar investimentos e baixar os juros".

Henrique Campos Meirelles, presidente do Banco de Boston: "Apostamos num crescimento da economia da ordem de 3% a 4% em 1996. A inflação deve oscilar entre 15% e 20% ao ano, e o câmbio deve chegar em dezembro a R$ 1,10, R$ 1,15 por dólar".

Joseph Coury, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria): "Eu tenho repetido que a economia no Brasil começa a partir de março ou abril do ano que vem. O crescimento no próximo ano deverá ser de 3% a 3,5%. É pouco, mas bom. A inflação deverá ficar em 15%. "

Emílio Julianelli, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Veículos Automotores: "Nós todos aguardamos uma maior oxigenação da economia e mais crédito".

Kohei Denda, diretor-presidente do Banco América do Sul S/A: "Espero um crescimento entre 4% e 5%. O ritmo da atividade econômica vai ter impulso a partir de abril e maio. A inflação fica entre 15% e 18%. O investimento deve ir aos poucos. Os empresários japoneses querem ver o impacto da estabilização na atividade econômica".

Maurilio Biagi Filho, presidente da Usina Santa Elisa: "96 será um ano muito difícil de conciliar o controle da inflação. O Brasil deve apresentar um crescimento pequeno. O primeiro semestre será fraco, mas haverá uma pequena melhora no segundo semestre".

Marcos Lopes, diretor da Lopes Consultoria de Imóveis: "No primeiro semestre de 96, as vendas de imóveis devem repetir as dos últimos três meses deste ano. Baseado na demanda atual, acredito que o setor vai crescer".

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