São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
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OAB defende indenização às famílias dos operários
CRISPIM ALVES
"Foi uma ação desastrosa." Segundo ele, a PM deveria "pedir desculpas" à população e indenizar as famílias dos reféns mortos. "Assumir o erro é o mínimo a ser feito. O próprio secretário (José Afonso da Silva, da Segurança Pública) poderia fazer isso e mexer nos comandos das tropas." A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança informou que o secretário só irá se pronunciar quando o inquérito acabar. A OAB vai tentar encontrar as famílias dos reféns mortos para prestar assessoria em um eventual pedido de indenização. Depoimentos Os cinco PMs que foram afastados após a ação no Morumbi serão ouvidos hoje pelo tenente-coronel Márcio Benincasa, que preside o IPM (Inquérito da Polícia Militar) do caso, e pelo promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa. Segundo Barbosa, o IPM deve ser concluído em duas semanas. "Uma vez que foi identificada a autoria das mortes, resta saber se foi cometido algum tipo de excesso", afirmou Barbosa. O promotor requisitou o livro de saída de armas do Gate. O objetivo de Barbosa é descobrir, entre outras coisas, quem foi o PM responsável pelo tiro que matou o refém Osmar Moura do Nascimento e não entregou a arma para a perícia. Ontem, o delegado Roberto José Julião, titular do 34º DP, recebeu do Gate cinco submetralhadoras HK para realização de exames. Julião vai solicitar também uma reconstituição da operação. Por enquanto, o delegado não vai indiciar nenhum dos PMs afastados. O inquérito será prorrogado por mais 30 dias. Texto Anterior: Perito analisa trajetória da bala Próximo Texto: Cliente reclama de atendimento em banco Índice |
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