São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
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Sequestrador toma 30 crianças perto de Paris
VINICIUS TORRES FREIRE
Depois de manter presos por cerca de duas horas os alunos de uma escola primária e a professora, o sequestrador se entregou à polícia. Ninguém ficou ferido. Segundo os policiais, o sequestrador "parecia pacífico, mas desequilibrado". A arma usada no sequestro era de brinquedo. A polícia não pôde precisar as intenções do sequestrador, mas informou que ele falava em "encontrar uma enfermeira ou talvez a mulher dele, que estariam em um hospital psiquiátrico". O homem, de cerca de 30 anos, entrou na Escola Elementar Louis Aragon por volta das 16h30 (13h30 em Brasília), quando as crianças se preparavam para sair. A escola fica na cidade de Clichy, a oeste de Paris. O sequestrador ameaçou a zeladora com uma arma e invadiu uma classe do primeiro ano primário. Ordenou que as crianças colocassem as mãos na cabeça e, depois, pediu que voltassem a estudar. Amir, 8, um dos sequestrados, disse na TV que o sequestrador "queria um pouquinho de dinheiro, conversar um pouquinho com as pessoas. Mas ele até que era bonzinho. Fiquei com medo e fiz minha lição de história bem rápido enquanto ele estava lá". Uma hora e dez depois de iniciado o sequestro, sete crianças foram libertadas. Às 18h45, depois de negociações com a polícia, o sequestrador se rendeu. Uma criança disse à polícia que o sequestrador era pai de um dos alunos, mas os policiais não confirmaram a informação. O promotor Yves Bott disse na TV que o sequestrador era "um homem muito deprimido, que precisava de atenção de alguém, mas talvez não quisesse praticar violência alguma. Mas a arma falsa dele era bastante convincente". Em 1993, em Neuilly (oeste de Paris), um sequestro numa escola durou três dias. (VTF) Texto Anterior: Sindicalismo está dividido Próximo Texto: Justiça de Israel indicia sargento por fornecer armas a Yigal Amir Índice |
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