São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Justiça de Israel indicia sargento por fornecer armas a Yigal Amir

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um sargento do Exército de Israel foi acusado ontem de fornecer explosivos para Yigal Amir, o assassino confesso do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin.
Arik Schwartz, primeiro-sargento da Brigada de Infantaria das Colinas do Golã, foi o primeiro a ser indiciado como resultado das investigações do caso Rabin.
Mas as acusações não ligam Schwartz ao assassinato do premiê e sim à participação em um complô para matar árabes.
"O que está ocorrendo aqui não é certo", disse Schwartz na Corte Militar de Haifa, norte de Israel. Ele cobriu o rosto com sua farda.
O promotor militar capitão Orly Yaron disse que ano passado Schwartz roubou explosivos, detonadores e balas do Exército.
O sargento, acrescentou Orly, entregou as armas para Amir e para Hagai, irmão do assassino confesso, sabendo que os explosivos seriam usados contra árabes.
Schwartz foi preso uma semana depois de Yigal Amir, um estudante de direito que também serviu nas colinas do Golã.
A defesa do sargento disse que precisa de tempo para analisar o indiciamento. O militar fica sob custódia até o início de seu julgamento, previsto para dia 12.
Em Gaza, Mahmud al Zahar, um dos porta-vozes do grupo radical Hamas (Movimento de Resistência Islâmico), disse que a organização não vai participar das eleições para o Conselho Autônomo Palestino em 20 de janeiro.
O Hamas só participaria do pleito se fosse acertada uma reconciliação com a OLP.

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