São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995 |
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Governo não fala e empresa nega
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DE WASHINGTON A assessoria de imprensa da Presidência da República disse ontem, no final da tarde, que o presidente Fernando Henrique Cardoso não vai comentar nenhuma declaração sobre a concepção do projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) antes da reunião do Conselho de Defesa Nacional.Na semana passada, após o senador Gilberto Miranda ter tornado público carta enviada a FHC apontando troca por equipamentos mais baratos sem redução dos custos do Sivam, o presidente reconheceu que a iniciativa ocorreu e que o dinheiro economizado seria usado no próprio projeto. Na ocasião, o senador afirmou que os equipamentos da Martin Marrieta seriam de qualidade duvidosa. Miranda é o relator do pedido de autorização do governo brasileiro para contrair empréstimo de US$ 1,4 bilhão junto ao Eximbank americano para implantar o Sivam. A porta-voz da Raytheon, Elizabeth Allen, disse ontem à Folha que sua empresa nunca passou para o governo brasileiro estimativa de US$ 165,2 milhões como o custo de radares da Westinghouse para o projeto de vigilância da Amazônia. "Não sei de onde o senador Miranda foi tirar esse número. Na proposta ou nas planilhas da Raytheon para o Sivam, ele não apareceu", disse ela. Perguntada sobre qual foi o orçamento dos radares da Westinghouse que a Raytheon apresentou ao governo brasileiro, Allen respondeu: "Essa é uma informação particular, que a Raytheon não vai divulgar publicamente." A porta-voz também enfatizou que a decisão de escolher radares da Martin Marietta e não da Westinghouse para o Sivam foi do governo do Brasil. "A Raytheon apenas cooperou na coleta de dados. Quem resolveu foi o governo", disse. Texto Anterior: Raytheon fraudou proposta, diz senador Próximo Texto: Para ministro, radar era 'antigo' Índice |
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