São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995
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Governo tem US$ 300 mi para casa própria

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo já tem US$ 300 milhões para financiar a construção da casa própria para a classe média a partir do próximo ano.
A idéia é garantir moradia para os trabalhadores que ganham acima de 12 salários mínimos (R$ 1.200) por mês somente com recursos externos. Atualmente, a classe média não está contemplada nos programas de habitação do governo.
Os US$ 300 milhões foram negociados com um banco japonês e o governo está discutindo novos empréstimos com o Bird (Banco Mundial) e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Os critérios do programa só serão definidos no início do próximo ano.
Novas liberações
Ontem, o governo autorizou a aplicação de R$ 400 milhões para a construção de casa própria para trabalhadores inscritos no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Ele é dirigido a famílias com renda mensal entre R$ 300 e R$ 1.200.
O Estado de São Paulo recebeu mais R$ 87,4 milhões nesta segunda fase. Foram selecionados os trabalhadores com menor renda familiar, maior saldo do FGTS e maior poupança.
Esses recursos completam os R$ 717 milhões aprovados pelo Conselho Curador do FGTS para a construção de 70 mil moradias neste ano. Para 1996, será alocado mais R$ 1 bilhão no programa.
A secretária de política urbana do Ministério do Planejamento, Maria Emília Rocha de Azevedo, disse que os novos recursos vão atender mais 100 mil famílias.
O programa teve 873 mil inscrições, somando as propostas recebidas pela CEF (Caixa Econômica Federal) e Cohabs (Companhias Estaduais de Habitação). As pessoas que não foram contempladas na primeira fase já estão inscritas para a seleção do ano que vem.
Segundo a secretária, a maior oferta dos empréstimos do programa é para os trabalhadores que recebem de três a cinco salários mínimos (R$ 300 a R$ 500). Dados da CEF mostram que 70% das inscrições se concentraram na faixa de 8 a 12 salários mínimos (R$ 800 a R$ 1.200).
Maria Emília disse que o número de pedidos para o financiamento não assustou o governo. "esta área estava sem financiamento há quatro anos", afirmou.

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