São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995![]() |
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Chase e NorChem se unem no país
MILTON GAMEZ
A filial do Chase Manhattan Bank deverá ser fundida ao Banco NorChem, uma associação do Chemical Bank com o Banco Noroeste e Israel Klabin. A união das duas instituições, cujos detalhes serão definidos até março de 1996, seguirá a fusão entre o Chemical e o Chase, que criou, em agosto, o maior banco dos Estados Unidos, com ativos da ordem de US$ 300 bilhões. Somadas as operações do Chase local com as do NorChem, o novo banco será o segundo maior estrangeiro no mercado de atacado, atrás do Citibank, disse Patrick Morin, principal executivo do Chemical no país. "Por enquanto, os dois bancos seguem operando normalmente e em separado no Brasil. Até o final de março, efetuaremos a fusão", afirmou Morin. O executivo será o futuro "senior country officer" do novo Chase -o megabanco manterá esse nome nos EUA- no Brasil. Ele disse que ainda não começou a negociação com o Noroeste sobre a composição acionária do banco após a fusão das operações. Não é uma questão menor. O Noroeste tem 22% do capital total do NorChem, contra 50% detidos pelo Chemical e outros 28% por Israel Klabin. Segundo o acordo de acionistas firmado em 13 de fevereiro de 1989 entre o Noroeste e a Chemical International Finance (holding), qualquer mudança de participação ou alienação de capital superior a 25% do patrimônio líquido do NorChem tem de ser aprovada por ambas as partes. O problema é que o Noroeste não tem interesse em aumentar sua participação no NorChem, cujo patrimônio líquido, de US$ 136 milhões, é inferior ao do Chase, de US$ 189 milhões. Restam, portanto, duas saídas: ou o Noroeste dilui sua participação no novo banco (o que necessitaria de autorização especial do governo), ou a vende. Segundo a Folha apurou, o Noroeste está procurando um banco pequeno para comprar, e não cogita botar mais dinheiro no NorChem. Executivos do Noroeste avaliam que a participação vale cerca de US$ 40 milhões. "Não está nada resolvido, nada impede que o Noroeste continue sendo nosso parceiro no Brasil", afirmou Morin. O "big boss" local do novo Chase negou que serão usados, na fusão, recursos do Proer (programa oficial de estímulo às fusões). Os dois bancos têm, juntos, ativos totais de US$ 2,867 bilhões (dados de junho deste ano) e 614 funcionários. Se for mantida a redução de pessoal pretendida pelo Chase nos Estados Unidos, serão dispensados cerca de 120 funcionários no país, previu Morin. Nos EUA, o megabanco obtém cerca de metade de suas receitas no varejo. No Brasil e nos demais países, concentrará esforços apenas no atacado, disse Morin. Texto Anterior: Supermercados vendem 4% mais Próximo Texto: Excel entregará hoje plano para Econômico Índice |
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