São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995 |
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Computador do Sivam custa 55% a mais
LUCAS FIGUEIREDO
Pelo acordo de maio deste ano, o governo vai gastar US$ 3,55 milhões em microcomputadores fornecidos pela Raytheon. Em lojas de informática de São Paulo e Brasília, os equipamentos sairiam por US$ 2,28 milhões. Ou seja, com economia de US$ 1,27 milhão -o equivalente a 181 casas populares. Além de mais caro, o modelo previsto no contrato está "saindo de linha", isto é, deixando de ser comercializado devido à sua defasagem tecnológica. A descrição dos computadores e da quantidade de unidades que serão adquiridas estão em anexos do contrato confidencial assinado com a Raytheon, ao qual a Folha teve acesso. O contrato prevê a compra de 940 microcomputadores modelo 486, com velocidade de 33 MHz (megahertz), 4 megabytes RAM (capacidade de memória) e disco rígido de 340 megabytes (componente para o armazenamento de informações). Serão instalados quatro programas nos micros previstos no acordo comercial: MS DOS, Windows, Mail e Procomm-Plus. Cada micro sairá por US$ 3,78 mil. A Folha enviou a descrição detalhada do modelo a ser comprado da Raytheon a fornecedores em São Paulo e Brasília. Orçamento enviado pela empresa paulista AWS Sistemas oferece o equipamento por US$ 2,43 mil -US$ 1,35 mil mais barato. As empresas consultadas afirmaram que o modelo de computador previsto no contrato do Sivam está "saindo de linha": os micros da Raytheon têm velocidade de 33 MHz, enquanto a maioria dos fornecedores trabalha apenas com equipamentos de 100 MHz. A empresa Multishopping Informática, de Brasília, enviou o orçamento do micro, ressalvando que o modelo pedido saiu de linha. Segundo a empresa, "os processadores fabricados hoje são no mínimo de 66 MHz". A proposta de orçamento e modelo de micro a ser adotado pelo sistema foi feita pelo CCSivam (Comissão de Coordenação do Sivam) em 1994. O modelo a ser empregado teve sua última aprovação no dia 1º de setembro de 1995. O documento que detalha os gastos é de 5 de março deste ano. Texto Anterior: NA PONTA DO LÁPIS Próximo Texto: Preços são de 94, diz secretaria Índice |
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