São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995
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FHC busca melhora do comércio com a China

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso parte hoje para a China em busca de aproximação com a região que mais cresce no mundo. A visita será acompanhada por um grupo de empresários.
O lançamento de um satélite de rastreamento do solo daqui a dois anos é o principal resultado do relacionamento entre o Brasil e a China, estabelecido durante o governo Ernesto Geisel (74-79).
FHC vai visitar o laboratório onde é produzido o satélite. Uma declaração oficial em favor da ampliação do programa (para a produção de quatro satélites) é um dos atos previstos para a viagem.
O roteiro divulgado pelo Itamaraty deixa de fora o negócio da China mais disputado por empreiteiras brasileiras. FHC não visitará as obras da Hidrelétrica de Três Gargantas, na região central do país. As empreiteiras CBPO (do grupo Norberto Odebrecht), Camargo Corrêa, Mendes Júnior e Andrade Gutierrez dão assistência técnica à obra.
O objetivo da viagem é tentar inverter a tendência chinesa de vender mais do que comprar produtos brasileiros.
Além de encontros com o presidente chinês, Jiang Zemin, o primeiro-ministro, Li Peng e o vice-primeiro-ministro para assuntos econômicos, Zhu Rongji, FHC dará palestras sobre o cenário internacional no ano 2000 e a parceria entre os dois países.
A turnê pelo leste asiático inclui uma escala em Macau, no caminho da Malásia. Será a primeira visita de um presidente brasileiro à Malásia. FHC será recebido na capital Kuala Lumpur pelo rei Tuanku Jaafar e o primeiro-ministro Mahathir Mohamad.

Na comitiva oficial, FHC leva sua mulher, Ruth, os ministros Israel Vargas (Ciência e Tecnologia), Dorothea Werneck (Indústria e Comércio) e o secretário da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Ronaldo Sardenberg.

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