São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995
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Profissional diz que há falta de bons atuários

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

No ano passado, ele prestou concurso e virou chefe da Divisão de Análise de Planos da Susep (Superintendência de Seguros Privados), que tem sede no Rio.
O atuário Alexandre Penner, 29, analisa planos previdenciários privados, aprovando-os ou não. "Cuido basicamente da fiscalização de seguros", esclarece.
Alexandre reconhece que no Brasil sua profissão é pouco conhecida. "Mas isso é um problema específico do Brasil. O atuário na Argentina é mais valorizado."
Formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele diz gostar do trabalho. "Tive uma chance, como poucos no mercado, de trabalhar direto na área", diz, sobre sua entrada na Susep.
Para ele, o mercado está carente de bons profissionais. "É uma área que a gente pode dizer que está nascendo", diz.
A reportagem da Folha pôde constatar esse desconhecimento a respeito do setor.
À procura de um atuário para dar depoimento para a reportagem, ligou para uma grande seguradora de São Paulo. Do outro lado da linha, a funcionária respondeu: "O que é um atuário?"
A princípio, Penner não quis revelar sua remuneração mensal. Disse que um atuário pleno recebe, por mês, cerca de R$ 2.000. Depois afirmou: "Meu salário está por volta dos R$ 2.800".
Para exercer a profissão, é preciso ter registro no IBA (Instituto Brasileiro de Atuária). "O IBA não é um órgão de classe, mas um instituto cultural. Por fim, acaba representando a classe", diz Newton Conde, vice-presidente.
"As seguradoras acabaram deixando a normatização por conta do instituto."
(LPz)

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