São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995
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a outra terra santa

CLAUDIA JAGUARIBE

Há muitos anos, vi uma foto que me impressionou: um templo esculpido na montanha. Parecia querer se libertar do enorme peso, como numa escultura de Rodin. O templo era El Khaznah e ficava em Petra. Gravei o nome e a imagem. O tempo passou e me esqueci da origem da foto. Ficou o desejo de conhecer a cidade.
Petra fica na Jordânia e é um oásis no deserto. É cercada de montanhas arenosas, picos e cânions; uma geografia primitiva. Na cultura árabe, a lua é a referência de beleza. O sol do deserto castiga, mas a lua, com suas nuances, representa um ideal. Petra é uma paisagem lunar, quase uma miragem. Só chegamos a ela por meio de um longo caminho em um despenhadeiro com indícios apenas furtivos da presença humana.
Turbilhão da história
No Oriente Médio, a vida se insinua. Aos poucos, nos damos conta das muitas camadas de culturas que se acumularam pelos séculos. As cidades têm uma história que vem desde a civilização do rio Eufrates até as repúblicas árabes contemporâneas. Passa pelos acádios da dinastia de Sargon em Ebla, os gregos em Apameia, os romanos em Baalbek.
Vemos bizantinos em São Simeão; a riqueza do Império Árabe

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