São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995 |
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a outra terra santa
CLAUDIA JAGUARIBE com as suas mesquitas em Damasco; cruzados na fortaleza de Crac des Chevaliers; a destruição dos mongóis em Aleppo; os mamelucos e o Império Otomano; até chegarmos à presença européia neste século.As histórias judaica, cristã e árabe se misturam. Sentimo-nos parte de um mundo onde tudo converge. A sensação é de entrar em um turbilhão da história. Refazemos os passos bíblicos de São Paulo em Damasco. Conhecemos os desejos de Cleópatra, que pediu a cidade de Heliópolis -hoje Baalbek- a Marco Antônio. Relembramos as guerras da bela rainha Zenóbia contra o Império Romano na região do Eufrates e conhecemos os descendentes dos cruzados que lutaram contra Saladino, o grande herói árabe. Sentimos o horror da presença turca, que levou as mulheres a se velarem como proteção contra o estupro. Cruzamos o deserto de Wadi Rum tal como Lawrence da Arábia. São histórias que misturam fatos e lendas, nem sempre distinguíveis. Camelos e motos São miragens, que se materializam como Palmíria, uma das mais ricas cidades na rota das caravanas. Palmíria (atual Tadmur) é uma jóia no deserto, que conheceu sucessivas dominações. Hoje, lá convivem beduínos e comerciantes do turismo, que cresce entre camelos e motos. São encontros de culturas que se superpõem assim como as roupas das mulheres. A presença do ocidente, o conflito com Israel e a necessidade de Texto Anterior: a outra terra santa Próximo Texto: a outra terra santa Índice |
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