São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
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Governistas prevêem a queda de diretor do BC
CARLOS EDUARDO ALVES
A pasta contém uma lista com nomes de políticos que teriam recebido doações daquele banco na campanha eleitoral de 90. A cabeça de Mauch, no cenário imaginado pelos líderes governistas, será sacrificada para aplacar a ira do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) -um dos políticos incluídos na lista- e, também, por causa de desavenças anteriores com políticos. A saída de Mauch, no cenário vislumbrado pelas lideranças, ocorrerá tão logo seja contornada a ameaça de debandada geral na direção do BC, caso seja concretizada a demissão. Aposta-se, entre os políticos próximos ao Palácio do Planalto, que não haverá a solidariedade em cadeia a Mauch. Publicamente, os líderes negam que a solução passe pela queda deste diretor do BC. Michel Temer (PMDB-SP) afirma que o imbróglio da pasta rosa será encerrado pela falta de irregularidades. "Isso não vai dar em nada", declara. "O máximo que pode acontecer é uma punição administrativa para algum funcionário subalterno", acrescenta Temer. Problema mesmo, na avaliação de quem dirige as bancadas governistas, é o caso Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). José Anibal (SP), líder do PSDB na Câmara, é o menos cético sobre os problemas que o Sivam vai causar ao governo. "Até agora, nada leva a crer que o processo esteja condenado", acha o líder tucano. A avaliação, porém, não é unânime entre os condutores da bancada. Texto Anterior: A fonte dos erros Próximo Texto: Sivam racha supercomissão do Senado Índice |
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