São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Instituto de Física teve caso parecido

MARCIA PADILHA
DO BANCO DE DADOS

O Instituto de Física da USP teve em maio de 93 um caso semelhante ao ocorrido ontem na Poli. No dia 18, o estudante Mauro Carvalho Mota, 25, deu um tiro com um revólver em sua ex-namorada, Marcia Maria de Moura, 20, e mais dois tiros em Alexandre Alarcon do Passo Suaide, 21, que era então o namorado de Marcia.
Uma das balas acertou Alexandre no rosto, ao lado do nariz, e foi se alojar em sua garganta. Marcia também levou um tiro no rosto. A bala atravessou sua bochecha.
Os dois sobreviveram. O crime aconteceu na sala 257 do acelerador de partículas Pelletron. Os três estudantes eram bolsistas de iniciação científica.
Depois do crime, Marcia disse que nada no comportamento do seu ex-namorado indicava que ele poderia tomar uma atitude violenta. Os dois haviam namorado por dois anos e meio.
Um outro caso dentro da USP aconteceu na manhã do dia 24 de março de 93. Rosemary Harue Bonk, estudante do 2º ano do curso de direito da USP, atirou-se do terceiro andar do prédio da faculdade enquanto 1.200 alunos assistiam aulas.
Ao cair sobre as grades que cercam um monumento localizado no pátio interno do prédio, Rosemary teve o braço, a perna, o peito e o crânio perfurados, morrendo na hora. A estudante tinha 24 anos e já havia sido internada pelo menos três vezes em hospitais psiquiátricos, segundo sua família.
Em abril de 86 o corpo de Regina Célia Vieira Marinho foi encontrado em uma sala de aula vazia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Regina, que tinha 20 anos e era estudante do 2º ano de economia, deu um tiro na boca. Ao lado de seu corpo foram encontradas cerca de 30 cartas lacradas e um bilhete.
Em 5 de setembro de 1979, o estudante de veterinária Dan Martin Blun matou com uma injeção de curare (veneno) a prostituta Maria Regina Rezende, dentro da USP. Em seguida Blun ateou fogo ao corpo de Maria.
Na noite de 30 de março de 1986, a estudante de direito Patrícia de Fátima Guimarães Carreiro foi encontrada pela polícia no apartamento de seu namorado, o dentista Roberto Lima, em Friburgo (RJ). Depois de ter matado Roberto com dois tiros e tentado o suicídio, Patrícia permaneceu quatro dias trancada no apartamento.
Em agosto de 1983, o estudante de engenharia da USP (Universidade de São Paulo) Antônio Pimentel Mendes suicidou-se e matou sua cunhada, a jornalista Josefa Mônica Santana Mendes.
Os dois corpos foram encontrados em um hotel em São Paulo. Alguns dias antes Antônio, que havia sequestrado Josefa, tinha telefonado para seu irmão Carlos para acertar a entrega do resgate, mas não compareceu ao encontro. Na mesma semana o estudante havia matado seu tio e escondido o corpo no porta-malas de seu carro.

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