São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Executivo quer novo conselho

DA REPORTAGEM LOCAL

O Executivo enviou ontem à Câmara Municipal o projeto de lei que muda o Conselho Municipal da Saúde.
"A administração anterior criou o conselho por uma portaria", disse Richter.
Para ele, o Ministério da Saúde pode interromper o repasse de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) para a cidade em função da situação "irregular do conselho".
"Ninguém me disse nada sobre a interrupção. É uma suposição minha", disse Richter.
O vereador Adriano Diogo (PT), membro da Comissão de Saúde da Câmara, acredita que a motivação do Executivo para mexer no Conselho Municipal de Saúde é outra.
"Ele limita a participação popular no conselho", disse Diogo. "É uma anomalia."
Segundo o parlamentar do PT, o projeto é vago no artigo em que define como os conselheiros vão ser indicados. Atualmente, os movimentos populares de saúde elegem metade dos conselheiros.
"Outra ilegalidade é que o projeto coloca o PAS fora do SUS", disse Diogo.
Na Câmara, Richter afirmou que o PAS terá um conselho específico para fiscalizar a qualidade dos serviços e o nível de satisfação dos usuários.
"Isso está previsto na lei que instituiu o PAS", disse o secretário.
Diogo afirmou que o Executivo precisará reunir três quintos dos votos da Câmara para aprovar as mudanças no Conselho Municipal de Saúde. "O quorum é qualificado porque é matéria relativa à Lei Orgânica", disse o vereador.

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