São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Poder na China é partilhado
JAIME SPITZCOVSKY
Deng já apontou seu sucessor. Jiang Zemin acumula os cargos de presidente, secretário-geral do PC e chefe da comissão que coordena as Forças Armadas. Mas o acúmulo de cargos, ao contrário do que possa indicar, revela certa fragilidade política de Jiang Zemin. Ele emergiu como sucessor de Deng apenas em 1989, sem tradição no xadrez do poder chinês nem sólida base de apoio. Reformas A China é dona da economia que cresce mais rapidamente no planeta. O Partido Comunista começou a implantar reformas pró-capitalismo em 1978, responsáveis por um crescimento econômico que atingiu a média anual de 9,3% entre 1979 e 1993. No ano passado, a taxa atingiu 11,8%. O país também é o mais populoso do planeta. Abriga 1,2 bilhão de habitantes, ou seja, 22% da população mundial. A liberalização na economia não vem acompanhada de reformas políticas. O Partido Comunista governa com mão de ferro desde 1949 e não permite oposição. As reformas econômicas, no entanto, obrigaram a China a abandonar o isolacionismo dos anos 70 e abrir suas fronteiras para uma maior influência estrangeira. Em 1989, o movimento estudantil se mobilizou na praça Tiananmen, em Pequim, reivindicando democratização. Reprimida a mobilização pró-democracia, a influência estrangeira se faz sentir hoje em padrões de consumo. Marcas famosas de roupas ou de automóveis já abriram suas lojas em Pequim e outras cidades chinesas. Com a expansão econômica, cresce o peso da China no cenário mundial. (JS) Texto Anterior: País é tema de suplemento Próximo Texto: Presidente tem culpa do suicídio, diz viúva Índice |
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