São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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Entenda a mudança na educação

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A reforma que o governo Mário Covas está implantando na rede estadual de ensino envolve dois lados principais, um administrativo e outro pedagógico.
A intervenção que está causando mais polêmica -a divisão das escolas- é classificado pela Secretaria de Educação como uma ação pedagógica.
Para a secretária Rose Neubauer, o ensino melhora se as escolas tiverem alunos de faixas etárias mais próximas -e por isso elas serão redivididas, algumas ficando apenas com a 1ª a 4ª série, outras com a 5ª a 8ª série, e outras com 5ª série ao 2º grau. Atualmente, a maioria das escolas reúne alunos de 7 anos a mais de 18.
Assim, a infra-estrutura das escolas seria adequada para cada faixa etária.
Mas é do lado administrativo que estão os argumentos mais fortes para justificar uma reforma que vai dividir irmãos e distanciar escolas de alguns alunos.
Como hoje a maioria das escolas oferece todas as séries, elas têm poucas classes de cada série.
Concentrando alunos da mesma série em determinadas escolas, aumenta a ocupação das classes e diminui a necessidade de os professores se deslocarem de uma escola para outra para completar sua jornada -já que eles têm formação específica para dar aulas para determinadas séries.
Com isso, diz o governo, cerca de mil (das 6.800) escolas que atualmente têm mais de dois turnos no período diurno, passarão a ter apenas esses dois turnos.
Segundo Neubauer, isso representa uma hora a mais de aula por dia para quase 2 milhões de alunos. A jornada dos professores também seria organizada.
(FR)

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