São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Talismã ganha bicho e gasta em videogame
RODRIGO BERTOLOTTO
Isso é o que acreditam os jogadores santistas. Tanto é verdade que exigiram a presença do menino Gustavo Monteiro de Macedo nos dois jogos finais. O filho único do preparador físico Carlinhos já faz parte da delegação e tem direito até a bicho, a premiação por vitória da equipe. "Juntei uns R$ 200. Vou comprar cartuchos de videogame." Por obra dos meias Gallo e Vágner, Gustavo transformou-se no talismã santista. Os jogadores perceberam a coincidência que o menino só ia ao estádio quando o Santos vencia e, agora, reclamaram sua presença nas finais. "Ele não foi aos treinos na semana que perdemos por 4 a 0 para o Vitória. Depois ele voltou e, junto, as vitórias", disse o pai. Na primeira semifinal contra o Fluminense, Gustavo ficou em casa. Resultado: o Santos perdeu. No domingo passado, Gustavo foi ao estádio. Nova vitória. Segundo sua mãe, Alzira, Gustavo era palmeirense até setembro. "Agora ele é torcedor do pai. O time em que meu marido trabalha ele acaba torcendo." Exercendo seu espírito crítico, Gustavo disse que não gostou da mania santista por cabeleireiro. "Não é nada bom. Eu não vou pintar meu cabelo." Apesar de ser um talismã, o menino diz que não tem nenhum objeto que lhe dê sorte: "Quando tenho prova na escola, eu estudo." Ele não foi ao treino do Santos de anteontem. Preferiu ir com os amigos ao cinema assistir a "Power Rangers, o Filme". Gustavo divide seu tempo na concentração entre os três bonecos da série de TV e os 25 jogadores do Santos. "Gosto mais do Giovanni e meu amigo é o Edinho." A passagem ao Rio ficou por conta do pai. "Os jogadores disseram que, se eu não aceitasse, iriam raptá-lo. Usariam a caixinha deles para cobrir os custos", disse o pai. Texto Anterior: Artilheiro 'enfrentava' mãe Próximo Texto: Botafogo fará final carioca Índice |
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