São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Presidente do BB promete recurso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco do Brasil, Paulo César Ximenes, disse que irá recorrer contra a decisão do TST.
Ele afirmou que a intenção do BB é adiar o pagamento do reajuste até uma decisão final do tribunal. "O pagamento só será feito em janeiro se não tiver forma de postergar". O BB irá recorrer no próprio TST.
Ximenes disse que o programa de ajuste interno do banco -que começou no início do ano- previa o aumento de algumas despesas. Mas, segundo ele, a despesa adicional do reajuste de 25% deverá ser compensada.
O programa de demissões voluntárias do BB teve a adesão de mais de 13 mil funcionários. Ximenes calcula que a economia com estas demissões é de R$ 50 milhões por mês.
A despesa do banco com os 3,35% de reajuste a mais é de R$ 15 milhões mensais. "O aumento não anula a economia que estava sendo feita, mas compromete parte dos planos do banco".
O presidente do BB descartou dispensas imediatas na instituição.
Ele afirmou que vai esperar a publicação da sentença.
Reunião no TST
Ontem pela manhã, os ministros José Serra (Planejamento) e Paulo Paiva (Trabalho) foram ao TST conversar com os ministros. Eles falaram das contas das estatais e argumentaram sobre a decisão do tribunal.
O presidente do TST, ministro José Ajuricaba, disse que o governo está preocupado que os trabalhadores de outras estatais esperem o mesmo tratamento dados aos bancários do BB.
Estratégia
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Andrea Calabi, disse que o governo vai mostrar para a opinião pública as consequências dos aumentos salariais concedidos aos funcionários das estatais.
Ele afirmou que a intenção é mostrar o impacto que cada reajuste tem sobre o patrimônio público.
Ele disse que na reunião do CCE (Comitê de Controle das Estatais), convocada extraordinariamente na noite de quarta-feira, os ministros discutiram sobre as datas-base de outras estatais.
Segundo ele, o desempenho das estatais, até agora, é "razoável.

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