São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995 |
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Industriais temem pelo Real
LUIZ ANTONIO CINTRA
O principal ponto criticado é que a decisão do TST pode vir a se repetir no dissídio de outras categorias, o que acabaria significando a volta da indexação dos salários. "Decisão da Justiça cumpre-se, não se discute. Mas o preocupante é que pode criar um efeito cascata, o que atrapalharia o andamento do Plano Real", afirmou Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Franz Reimer, diretor de Economia da entidade, considera que a decisão do TST é "um caminho perigoso". "Se esse caminho for consagrada, significa a volta da indexação da economia, o que colocaria em risco um dos fundamentos do Real, que é a inflação baixa", afirma. Reimer avalia que o governo não está disposto a abrandar o combate à inflação. Logo, analisa, a consequência seria um novo aperto na política monetária, com a alta dos juros, para evitar que o aumento da demanda signifique pressão sobre os preços. Já o economista Edward Amadeo afirma que a decisão do TST é um "retrocesso". "A decisão mostra que as instituições não estão preparadas para a desindexação da economia", diz o economista. O economista Aloizio Mercadante diz que a decisão "não resolve" o problema dos trabalhadores. Ele defendeu a livre negociação entre empregados e patrões. Texto Anterior: Carteiros de SP estão otimistas Próximo Texto: Câmara decide hoje se cassa prefeita petista Índice |
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