São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Vítima torcia para o Corinthians

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Carioca radicado há sete anos em São Paulo, Ronaldo Ferreira Mattos, 32, morto ontem em favela, veio ao Rio para acompanhar os amigos santistas. Ele não torcia nem para Santos nem para Botafogo. Era vascaíno no Rio e corintiano em São Paulo.
Até o ano passado, Mattos trabalhava como cabo da PM (Polícia Militar) de São Paulo. Há três meses ingressou na empresa Udifar Indústria e Comércio de Material Médico Hospitalar Limitada, de São Paulo, na função de representante comercial.
Casado, Mattos tinha uma filha de 5 anos. Sua mulher está grávida do segundo filho do casal. A família mora no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Segundo Renato Pereira Júnior, gerente comercial da Udifar, Mattos foi o último a aderir ao grupo que veio ao Rio.
"Ele só decidiu vir na última hora, para dar uma orientação para a gente, que não conhece nada no Rio. Mas como ele estava fora do Rio havia sete anos, acabou perdido também. Nem a Linha Vermelha (inaugurada há três anos) ele conhecia", disse Pereira Júnior.
O corpo de Mattos foi liberado do IML por Pereira Júnior e Ricardo Tadeu Carvalho Raposo e deveria chegar ao Guarujá às 22h de ontem. O enterro será hoje.
(ST)

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